Morreu o treinador Vítor Oliveira aos 67 anos
Vítor Oliveira, treinador com uma longa carreira no futebol português, morreu hoje, aos 67 anos, depois de se sentir indisposto enquanto caminhava na zona de Matosinhos, confirmou à agência Lusa fonte próxima da família.
O ex-jogador e treinador, que estava sem clube desde que orientou o regresso do Gil Vicente à I Liga na época passada, foi assistido no local e transportado para o Hospital Pedro Hispano, mas acabou por não resistir.
Vítor Manuel Oliveira nasceu em 17 de novembro de 1953, em Matosinhos, e jogou no Leixões, Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense, entre 1970 e 1985, contribuindo para o regresso dos famalicenses à I Liga em 1977/78.
Um ano depois, o ex-médio assumiu as funções de treinador-jogador do Famalicão por dois jogos e efetivou a carreira nos bancos desde 1985, ao serviço do Portimonense, que se estendeu por mais de três décadas e incluiu 19 clubes do futebol português.
Vítor Oliveira contabiliza 18 presenças na I Liga, à qual regressou em 2019/20 para orientar o Gil Vicente, na sequência do ‘caso Mateus’ e a partir do Campeonato de Portugal, obtendo a 10.ª posição, com 43 pontos, 10 acima da zona de despromoção.
Os ‘galos’ foram o clube que o matosinhense orientou mais vezes na carreira, num total de três passagens distintas por Barcelos (1992-1995, 2001-2003 e 2019/20), que ajudaram a suplantar a marca dos 400 jogos como treinador principal na I Liga.
Após duas épocas iniciais em Portimão, onde voltou entre 2016 e 2018, o técnico ainda trabalhou na elite com Paços de Ferreira (1991/92), Vitória de Guimarães (1995/96), Sporting de Braga (1998/99), Belenenses (1999/00) e União de Leiria (2007/08).
Nesse trilho pelo escalão principal, assistiu às descidas de Académica (2003/04) e Moreirense (2004/05) à II Liga, patamar no qual escolheu trabalhar diversas vezes e ficou conhecido como o ‘rei das subidas’, ao festejar 11 promoções em 18 participações.
Vítor Oliveira foi seis vezes campeão dessa divisão (1990/91, 1997/98, 2006/07, 2013/14, 2016/17 e 2018/19), coordenador técnico no Leixões (2008/09) e estava longe dos relvados desde agosto, tendo optado pelo comentário televisivo nas últimas semanas.
A morte acontece na mesma semana em que o futebol português viu partir José Bastos, antigo guarda-redes do Benfica, e Reinaldo Teles, histórico dirigente do FC Porto, além da comoção mundial provocada pela morte do ex-futebolista argentino Diego Maradona.
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