PCP alerta que Biden quer manter política externa de ameaça à paz

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou hoje a Presidência dos Estados Unidos de Donald Trump como tendo “laivos fascizantes”, mas alertou que o anunciado vencedor, Joe Biden, tenciona prosseguir a mesma linha de política externa.

“Sem menosprezar diferenças no plano da política interna, não se pode deixar de alertar desde já, para o significado das declarações da candidatura de Joe Biden que claramente mostram a intenção de prosseguir uma política externa, cujo o objetivo é a proclamada salvaguarda do domínio norte-americano no plano mundial, com o que representa de ameaça à soberania e direito dos povos, à segurança internacional e à paz”, criticou, um dia depois de o candidato democrata ter sido anunciado vencedor.

Num comício para assinalar a Revolução de Outubro na Rússia em Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira), Jerónimo de Sousa criticou igualmente os quatro anos de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, dizendo “que aprofundou a política de favorecimento do grande capital e promoveu uma deriva ainda mais reacionária e de laivos fascizantes”.

“O contexto em que decorreram as eleições desta semana, revelam não só o caráter profundamente antidemocrático do sistema político e eleitoral norte-americano, mas a gravidade dos problemas, contradições, desigualdades que atravessam a sociedade americana”, considerou.

Em contraponto com o modelo capitalista dos Estados Unidos, Jerónimo de Sousa exaltou os valores da revolução russa de 1917, lamentando que esta celebração aconteça já “sem a existência da realidade que dela brotou – a URSS”.

“A vitória da contra-revolução e a sua destruição, tiveram um profundo impacto negativo na correlação de forças mundial, na vida do povo soviético, mas também na de outros povos do mundo”, considerou.

Jerónimo de Sousa reafirmou que o partido prossegue “a luta pela concretização do projeto comunista, seus objetivos e causas, inspirados nas lições da Revolução de Outubro, valorizando tudo quanto nelas há de exemplar e universal e com os pés sempre bem assentes na concreta realidade portuguesa”

“Um projeto que alguns se apressaram a declarar como definitivamente morto, mas que está não só vivo e bem vivo, como o ideal que transporta continua a iluminar o caminho dos que continuam a lutar pela concretização das mais profundas aspirações do povo, certos de que um dia ele será futuro”, afirmou, saudando a recente vitória do Movimento Ao Socialismo na Bolívia.

SMA // SF

Lusa/fim

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